Artigo: Vamos falar sobre Mário Bagliotti e maturidade…

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Por: Gustavo Girotto*

Hoje faleceu o comerciante Mário Bagliotti, que também ocupou o cargo de chefe de Licitações da Prefeitura de Taquaritinga na gestão Paulo Delgado. Ativo e exemplar no Rotary Club, fora um grande amigo dos meus pais – aliás, o melhor: se não fosse por uma questão – eu, Gustavo Girotto.

Minha batalha com o grupo político do qual Bagliotti fez parte, naquele período, sempre fora conhecida na cidade. E essa falta de compreensão, outrora, infelizmente provocou uma fissura desnecessária na relação dos meus pais com os Bagliotti.

O tempo anda e, ao olhar a realidade de Taquaritinga, é compreensível que, muitas vezes, um pai precisa priorizar a família. O Mário poderia ter evitado, até por essa amizade de rotarianos, o conflito com o Gustavo? A resposta é….Não!

Ele, como hoje também sou, era um pai de uma família – e esse núcleo deve ocupar o primeiro lugar. A família é o berço do amor, da compreensão, do afeto, é o lugar onde as pessoas devem encontrar apoio, lições e aprendizados e, acima de tudo, proteção e estabilidade.

Mário jamais poderia criar indisponibilidade, até por necessidade, de prejudicar o sustento dos seus filhos. Isso fez dele [Mário] grande; hoje entendo a decisão.

O tempo andou e, depois de anos, essa amizade com meus pais retomou (graças a Deus).  Não só com eles, mas comigo também: o ato de olhar de longe para a situação com uma perspectiva mais cuidadosa e até real, sem tanto peso emocional, nos fez seguir em frente.

Aprender como superar conflitos é o mesmo que andar de bicicleta: você demora, erra muito, cai, arruma alguns arranhões, outras dores, mas passa e a vida segue.

O legado que os pais devem deixar para seus filhos está longe das questões financeiras, de posses, bens, mas próximo da educação e valores. Mário me deu um grande amigo, seguimos na mesma profissão, dividimos semanalmente prosas e dores. Gabriel Bagliotti, como o Mário foi com meus pais, é um grande amigo.

Nunca estamos preparados para perder nossos pais, mas desejo aos familiares forças para suportar essa dura contrariedade. Parte Mário Bagliotti, amigo dos meus pais, e alguém que me ensinou uma importante lição de vida: a família precisa estar em primeiro lugar. Ele seguiu à risca os princípios do que é ser um bom pai…

*Gustavo Girotto é jornalista.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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